Escola Carteado

ESCOLA CARTEADO MENA: DESDE 1990 A CONSTRUIR FUTURO COM AS GENTES DE DARQUE

A Casa das Artes de Darque (CdAD) acolhe até ao próximo dia 22 de outubro a exposição “Escola Carteado Mena: Desde 1990 a Construir Futuro com as Gentes de Darque”.

Na sessão de abertura da exposição o Presidente da Junta, Dr Joaquim Perre, referiu a importância da ligação da Escola à comunidade, considerando que a exposição era um marco representativo desse interesse. Referiu-se ainda, com entusiasmo, aos diferentes projectos que a Escola Carteado Mena tem desenvolvido quer em parceria quer individualmente, acentuando que muito prestigiaram a instituição.

A inauguração desta mostra foi presenciada por um vasto público que seguiu atentamente a apresentação que a Directora do Agrupamento de Escolas, Dra Conceição Rabaçal e o Prof. Paulo Lima, acompanhados do Coordenador de Estabelecimento, Pro. Licínio, fizeram sobre o percurso educativo e de formação, desvelando e desfiando os muitos momentos, os imensos projectos e iniciativas brilhantes que a Escola Carteado Mena viveu ao longo destes seus 26 anos de existência. Porém, referiram-se às subsequentes dificuldades em constituir um verdadeiro espólio que traduza na plenitude a história da instituição, decorrente das sucessivas mudanças de responsáveis que a instituição, como outras, têm sido objecto.

Os alunos da Escola Zaida Garcez contribuíram, também, para a solenidade do bonito momento ao dizerem o poema de Manuel Ferreira de Sousa (Caninha), “Que Saudades, Zé Fivelas”.

A noite foi-se preenchendo de apontamentos sobre os prémios ganhos pelo jornal escolar da escola o Jornalada da Malta; ou, com extremo orgulho, sobre a produção do “I Mercado Medieval de Santa Maria das Areias” realizado entre o Cais Velho e o Cais da Ribeira. Nomearam os prémios conseguidos pela escola nas mais variadas áreas, graças à iniciativa dos seus professores e ao empenho dos seus alunos. Recordaram, também, no âmbito do II Encontro de Teatro Escolar, no teatro Sá de Miranda, a realização do “Auto da Barca do Inferno” e a encenação das Invasões Francesas que a escola fez no Cais Velho. Evocaram o Projecto Comenius como tendo sido uma oportunidade que a Escola Carteado Mena teve de contribuir para melhorar a qualidade e reforçar a dimensão europeia da educação.

Falaram do CNO- Centro de Novas Oportunidades que na Carteado Mena permitiu que dezenas e dezenas de darquenses adultos e de outras localidades, pudessem melhorar os seus níveis de certificação escolar e profissional. Assegurando, assim, a todos os cidadãos, maiores de 18 anos, uma oportunidade de qualificação e de certificação, de nível básico e secundário adequada ao seu perfil e necessidades.

Apontaram, seguidamente, como simbolismo da ligação à comunidade darquense os “Gigantones e Cabeçudos como um Património Vianense na Escola e no Artesanato” e que figuram com muito relevo e como um marco nesta exposição.

Através do Prof. Francisco Cruz – deu-nos a honra da sua presença – que leccionou na Escola Carteado Mena a disciplina de Educação Visual e Tecnológica até ao ano lectivo 2004/5, ficamos a saber que foi no ano lectivo de 1998/99 que os cabeçudos começaram a ser feitos nas suas aulas. Hoje, é professor na Escola Dr. Pedro Barbosa e, também, lá continua a ensinar a produzir estas figuras, honrando as gentes de Darque e os “Taipeiros” em particular. Como reflexo da sua idiossincrasia para a causa do artesanato e das tradições, aceitou o nosso desafio de, proximamente, na Casa das Artes de Darque, ensinar a produzir os “Taipeirinhos” futuras figuras do teatro de fantoches que em breve será constituído.

Nas apresentação foi recordada, também, a obra generosa, em forma de livro, que a Escola Carteado Mena, como Agrupamento, produziu e editou sob o título “Por este rio acima…”, que demonstrou a relação que a escola pode ter com a comunidade na função de educar bem para incluir numa vida melhor.

Venham ver a exposição e apreciem-na na perspectiva de verem aqui, através do passado, o presente e o futuro com o sentido de que esta Escola quer continuar a formar pessoas e famílias participativas e co construtoras dos seus projectos de vida.