Comissão de Festas na Casa das Artes
A EXPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE FESTAS DE DARQUE NA CASA DAS ARTES
Está aberta ao público na Casa das Artes de Darque, até ao próximo dia 29 de Abril, a exposição promovida pela Comissão de Festas em honra de S. Sebastião, Senhora da Oliveira e Senhor da Saúde. Com esta mostra encerra-se o Ciclo Expositivo ” A Vida Associativa de Darque” em Honra à Cidadania – que se iniciou com a exposição da SIRD-Sociedade de Instrução e Recreio Darquense, no passado dia 17 de setembro – que envolveu a prestação sucessiva de dez Associações e Instituições darquenses.
A exposição reflecte o trabalho desenvolvido pela Comissão de Festas desde o ano 2013 até ao presente. Na pagela de apresentação desta significativa mostra, alude-se ao primeiro orago a quem foi dedicada a primeira paróquia de Darque, bem como à transmutação das festividades ao longo dos anos, dizendo-se:
Santo André, invocado pelas mulheres que desejam ser mães e padroeiro dos pescadores e dos negociantes de peixe, foi como todos sabemos veneradíssimo orago de Darque. Entretanto atirado para os arcanos da história, devido aos ventos pestilentos que grassaram em Portugal sobretudo no século XVI, passou a ser nosso querido padroeiro o “esbelto e excelso” mártir S. Sebastião, cujo nascimento ocorre aos vinte dias do friorento mês de Janeiro.
Durante muitos anos as festividades, exclusivamente de cariz religioso, tinham o seu curso dentro do designado Tempo Comum, tempo de reflexão e amadurecimento da Fé. Mais tarde, por razões prática – de programação, económicas e outras – e muito provavelmente pela necessidade de inscrever a nossa sorridente Vila nos primórdios equinociais das Festas do Concelho, passaram a realizar-se umas vezes em Setembro, outras vezes em Agosto. Todavia, para revitalização e revigoramento dos nossos pergaminhos bairristas, tudo nos leva a crer que, pelas mãos de sucessivas comissões, os dias de celebração da memória litúrgica dos Santos estão definitivamente fixados (…).
Assim, é com este cariz de memória com “esperança e vontade em agarrar, de corpo e alma, o desenhar da perpetuação da história darquense, com maior relevância para a memória e as gentes”, que esta exposição se centra, sobretudo, no cortejo de matriz etnográfica que as Festas de Darque, sempre, apresentam no seu cartaz. As duas salas térreas da Casa das Artes são palco vistoso onde sobressaem aparatosas peças artesanais que darquenses dedicados e criativos fizeram ao longo destes últimos anos, para figurarem nos cortejos, e que a Comissão de Festas tão bem soube preservar.
Depois de o Presidente da Junta, Joaquim Perre e do Presidente da Comissão de Festas, José Lima, terem feito as saudações protocolares, de boas vindas, abriu-se, no caracol da vetusta escada da Casa das Artes, um cenário de alegria campestre no meio do qual se ouviram os acordes musicais que embalaram quadras rimadas e saltitantes de fervor darquense. As vozes das e dos alegres cantores, foram acompanhadas e aplaudidas pelo vasto auditório que acorreu, nesta noite, à Casa das Artes, para entoarem entusiasticamente, também, “ A minha terra é Darque / Chama-lhe a terra da cebola / Eu gosto tanto dela / Por não lhe chamarem parola (…)”.
Até que se abriu a exposição e uma vermelha passadeira conduz-nos o olhar até uma peça de grande significado, apresentando uma alegre e linda darquense que naquele espaço num movimento de magia e de encanto, cativa toda a exposição – no traço e na cor do artista Salvador Vieira. Depois, apresentam-se os singelos, mas deslumbrantes de cor e de linhas, trajes de mulheres darquenses. Seguindo-se a festa, os momentos de alto significado para a comunidade e que estão ali preservados em fotos, em ditos. E estão, os cortejos, as peças, os cabeçudos, os gaiteiros, os cartazes e toda a memória que é possível reunir naquele espaço para celebrar a memória da fé, da religião, mas, também, do bairrismo e do amor pela terra num contributo, importante, também, para a perpetuação da história darquense.
PARABÉNS! Comissão de Festas de Darque