Homenagem à Arminda “Taipeira”
HOMENAGEM À ARMINDA “TAIPEIRA”
A Câmara Municipal de Viana do Castelo e a Junta de Freguesia de Darque prestaram homenagem, no dia 12 de agosto, na casa onde viviu, à Maria Arminda Ribeiro Maciel, mais conhecida por “Taipeira”. Trata-se de um dos nomes que mais contribuiu para que a tradição dos gigantones e cabeçudos de Viana do Castelo atingisse o relevo que hoje é conhecido. A cerimónia integrou a colocação de uma placa comemorativa, na casa onde residiu a D. Arminda, sita na Av. Carteado Mena, desta Vila, tendo, entre outras figuras de relevo, a presença do Presidente da Câmara Municipal, José Maria Costa, DA Vereadora da Cultura, Maria José Guerreiro e do Presidente da Junta de Freguesia, Joaquim Dantas Perre.
Esta darquense foi uma das figuras mais típicas e populares que abrilhantava, apresentando os seus gigantones e cabeçudos, as romarias do alto minho. A arte da construção e da coreografia destas figuras foi-lhe legada por seu pai Manuel Ribeiro Maciel. O artista Araújo Soares, por exemplo, retratou esta mulher durante o desfile de um cortejo histórico-etnográfico da Romaria da Senhora d’Agonia, altura em que esta se destacava por organizar e dirigir o grupo de cabeçudos e gigantones com uma vergasta. Joaquim Correia, no seu Bilhete Postal publicado no opúsculo alusivo às Festas de Darque 2016, refere que “…Inicialmente o grupo de gigantones integrava 6 figuras, onde imperavam os célebres “o Parolo”, ”o Doutor”, “a Vianesa”, “a Senhora”, e “a Família”; e o grupo de cabeçudos era formado por 25 elementos representando o diabo, macacos, o negro, o pai, a mãe, avós e outros…. Era a Arminda “Taipeira” que animava e orientava todo o grupo, trajando uma camisa floreada, saia preta e avental, levando numa das mãos uma pequena “chibata” com que ritmava os tambores e as gaitas dos Zés-P’reiras.(…)”
A homenagem a Arminda “Taipeira” culminou com o tributo que lhe foi prestada no cortejo histórico-etnográfico da edição de 2016 da Romaria de Nossa Senhora d’Agonia que teve como tema central “Gigantones e Cabeçudos – Património Cultural Europeu”. Trata-se de um dos quadros mais emblemáticos da romaria, com o desfile da mordomia e com a revista de gigantones e cabeçudos, descrita no programa da romaria como “atraente número, rico de movimento e esfuziante alegria” e onde “os grupos de Bombos e Zés P’reiras prestam a sua vassalagem aos Gigantones e Cabeçudos”.
Nota: as fotos são da autoria de FOTOS-JOCA, Propriedade da CMVC